Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
Resumo da obra Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
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Publicado em 1866, Crime e Castigo é um dos romances mais emblemáticos de Fiódor Dostoiévski, explorando temas como a moralidade, o arrependimento e a complexidade psicológica humana. A narrativa segue Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante de direito em São Petersburgo, que enfrenta extrema pobreza e é consumido por ideias filosóficas sobre o bem e o mal. O romance divide-se em seis partes, além de um epílogo, apresentando uma jornada profundamente introspectiva e moral.
Parte 1: O Crime
Rodion Raskólnikov, vivendo em condições miseráveis, começa a elaborar um plano para assassinar Aliona Ivanovna, uma velha usurária, justificando-se com a ideia de que tal ato libertaria os pobres de sua exploração. Influenciado por sua teoria de que indivíduos extraordinários têm o direito de transgredir leis morais por um bem maior, ele tenta convencer-se de que sua ação é justificável.
Após dias de angústia, ele comete o assassinato, mas acaba matando também Lizaveta, a irmã mais nova de Aliona, que aparece inesperadamente na cena. Apressado e em estado de choque, Raskólnikov foge levando apenas alguns objetos de valor, abandonando o dinheiro. O crime, ao invés de libertá-lo, mergulha-o em paranoia e sofrimento psicológico.
Parte 2: A Culpa
Após o crime, Raskólnikov adoece e passa dias em delírio. Ele alterna entre o remorso e a tentativa de justificar suas ações. Durante esse período, ele recebe a visita de Razumíkhin, um amigo leal e bondoso que tenta cuidar dele. Paralelamente, a narrativa apresenta os familiares de Raskólnikov: sua mãe, Pulquéria Alexandróvna, e sua irmã, Avdotia Romanovna (Dúnia), que chegam à cidade preocupadas com sua condição.
A investigação do assassinato é conduzida pelo perspicaz investigador Porfíri Petróvitch, que, embora não tenha provas concretas, começa a desconfiar de Raskólnikov. Porfíri usa táticas psicológicas para pressioná-lo, intensificando sua paranoia.
Parte 3: Os Relacionamentos
Enquanto luta com sua consciência, Raskólnikov conhece Sônia Marmeládova, filha de um alcoólatra chamado Marmeládov, cuja morte trágica ele presencia. Sônia sustenta a família trabalhando como prostituta, mas mantém uma fé inabalável em Deus. Sua bondade e pureza começam a desafiar a visão cínica de Raskólnikov sobre a vida.
Dúnia, por sua vez, enfrenta dilemas próprios. Ela está comprometida com Lújin, um homem manipulador e egoísta, que vê nela um meio de subir socialmente. Raskólnikov se opõe veementemente ao casamento, o que leva a confrontos entre os dois.
Parte 4: Conflitos e Suspeitas
Raskólnikov começa a demonstrar comportamentos erráticos, atraindo ainda mais a atenção de Porfíri Petróvitch. Em um encontro crucial, Porfíri insinua conhecer a culpa de Raskólnikov, mas não tem provas suficientes para prendê-lo. O protagonista sente-se encurralado, mas continua a resistir à ideia de confessar.
Sônia torna-se um pilar emocional para Raskólnikov, que começa a abrir-se para ela. Ele revela o crime que cometeu, mas, em vez de julgá-lo, Sônia oferece-lhe compaixão e encoraja-o a buscar redenção por meio do arrependimento.
Parte 5: A Queda de Lújin
Lújin tenta incriminar Sônia, acusando-a falsamente de roubo, mas suas intenções malignas são expostas graças à intervenção de Raskólnikov e Razumíkhin. Humilhado, Lújin é afastado, e Dúnia retoma sua liberdade.
Paralelamente, Raskólnikov enfrenta mais um teste moral ao encontrar Svidrigáilov, um antigo empregador de Dúnia e um homem de moralidade duvidosa. Svidrigáilov oferece ajuda financeira à família de Raskólnikov, mas suas intenções parecem sombrias, especialmente em relação a Dúnia.
Parte 6: O Confronto Final
Porfíri confronta Raskólnikov novamente, desta vez com uma abordagem mais direta. Embora ainda não tenha provas, ele instiga o protagonista a confessar, apelando para seu tormento interno. Porfíri acredita que o sofrimento psicológico de Raskólnikov é pior do que qualquer punição física.
Enquanto isso, Svidrigáilov revela suas intenções predatórias em relação a Dúnia, mas, rejeitado por ela, comete suicídio. Esse ato serve como um catalisador para Raskólnikov, que percebe que precisa tomar uma decisão definitiva sobre sua própria vida.
O Epílogo: Redenção
Encorajado por Sônia, Raskólnikov finalmente se entrega à polícia, confessando seu crime. Ele é condenado a trabalhos forçados na Sibéria, onde Sônia o acompanha, permanecendo ao seu lado como um símbolo de esperança e perdão.
Na prisão, Raskólnikov inicialmente mantém sua indiferença e arrogância, mas aos poucos começa a experimentar uma transformação espiritual. Ele percebe a profundidade de seus erros e inicia sua jornada de redenção, permitindo-se, pela primeira vez, sentir amor e esperança.
Conclusão
Crime e Castigo é uma obra-prima que transcende o simples relato de um crime para explorar questões filosóficas e morais universais. Por meio de Raskólnikov, Dostoiévski examina a luta entre o bem e o mal, a natureza do arrependimento e a possibilidade de redenção. A complexidade psicológica dos personagens e a profundidade das questões levantadas tornam o romance uma reflexão atemporal sobre a condição humana.
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