Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos (1858), de Allan Kardec

Resumo da obra Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos (1858), de Allan Kardec

"Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos", publicada mensalmente por Allan Kardec, é uma coletânea de análises, relatos e discussões sobre o Espiritismo e fenômenos espirituais. O primeiro volume, de 1858, é uma das publicações mais importantes para compreender o surgimento e consolidação do Espiritismo como doutrina científica, filosófica e moral. 

Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos 1958

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Contexto da Revista Espírita (1858)

Fundada em janeiro de 1858, a "Revista Espírita" é um veículo de divulgação, estudo e debate sobre o Espiritismo. Kardec propôs um espaço para compartilhar experiências mediúnicas, comunicações espirituais, análises doutrinárias e reflexões sobre a aplicação prática dos princípios espíritas.

O volume de 1858 contém artigos sobre temas variados, organizados de forma a introduzir o público às bases do Espiritismo e a demonstrar sua validade científica e filosófica. A obra também aborda questões controversas, buscando responder às críticas e ao ceticismo da época.


Conteúdo Principal da Revista Espírita – 1858

1. Introdução e Objetivos

Kardec explica que a revista se propõe a estudar os fenômenos espíritas com método e rigor, promovendo um debate saudável e esclarecedor. Ele reforça que o Espiritismo não é apenas uma crença, mas uma ciência e uma filosofia com fundamentos sólidos, voltados para o progresso moral da humanidade.


2. O Espiritismo como Ciência Experimental

Uma parte significativa do volume de 1858 é dedicada à apresentação do Espiritismo como ciência experimental. Kardec argumenta que os fenômenos mediúnicos devem ser investigados com objetividade, evitando tanto o fanatismo quanto o materialismo absoluto.

  • Método Científico: Kardec descreve os princípios que norteiam a análise espírita, como observação, experimentação e comparação.

  • Mediunidade: Explica o papel dos médiuns como intermediários entre os espíritos e os homens, destacando a necessidade de discernimento na interpretação das mensagens.

  • Espíritos e Evolução Moral: O Espiritismo é apresentado como uma ciência moral, que visa educar os espíritos e promover seu progresso.


3. Comunicações Espirituais e Exemplos Práticos

Kardec relata diversas comunicações mediúnicas recebidas por ele e por outros médiuns de confiança. Essas comunicações são analisadas em profundidade, com foco em suas implicações morais e filosóficas.

  • Casos Notáveis: A revista narra episódios marcantes de contato com espíritos de personalidades históricas e anônimas, como filósofos, cientistas e pessoas comuns.

  • Espíritos Sofredores: São apresentados relatos de espíritos em sofrimento, que descrevem suas condições após a morte e oferecem testemunhos sobre a importância da reforma íntima.

  • Espíritos Elevados: Mensagens de espíritos superiores trazem ensinamentos morais e orientações para o progresso humano.


4. Respostas às Críticas ao Espiritismo

Kardec dedica parte do volume a responder às críticas e ao ceticismo em relação ao Espiritismo. Ele aborda argumentos comuns, como a suposta ausência de base científica, o risco de fraudes mediúnicas e as contradições aparentes nas comunicações espirituais.

  • Fraudes e Charlatanismo: Kardec explica como identificar e evitar práticas fraudulentas, enfatizando a seriedade necessária nos estudos espíritas.

  • Contradições entre Espíritos: Ele afirma que as divergências nas mensagens refletem os diferentes níveis de evolução moral e intelectual dos espíritos comunicantes.

  • Religião e Ciência: Kardec propõe uma visão conciliadora, destacando que o Espiritismo complementa as religiões e não as substitui.


5. Relatos de Fenômenos Mediúnicos e Espíritas

A revista apresenta estudos detalhados sobre fenômenos como mesas girantes, aparições, ruídos inexplicáveis e manifestações físicas. Esses relatos são acompanhados de análises minuciosas, que buscam separar o fenômeno legítimo de explicações naturais ou fraudes.

  • Mesas Girantes: O fenômeno que iniciou o interesse público pelo Espiritismo é descrito em suas várias formas, desde movimentos simples até comunicações complexas.

  • Manifestação Visual: Relatos de aparições de espíritos são investigados, com ênfase em sua validade e significado moral.

  • Comunicações Escritas e Oratórias: São analisadas mensagens recebidas por médiuns em diferentes formatos, como psicografia e psicofonia.


6. Espiritismo e Sociedade

Kardec explora as implicações sociais e morais do Espiritismo. Ele argumenta que os princípios espíritas podem contribuir para a reforma da humanidade, promovendo valores como solidariedade, justiça e igualdade.

  • Educação Moral: O Espiritismo é visto como uma ferramenta para a educação ética, incentivando o autoconhecimento e a prática do bem.

  • Reencarnação e Igualdade: Kardec enfatiza que a reencarnação explica as desigualdades aparentes da vida, promovendo um senso de justiça universal.

  • Impacto Social: São discutidos os efeitos do Espiritismo sobre questões como o materialismo, a fé cega e as divisões religiosas.


7. Relatos Pessoais e Correspondências

A revista inclui cartas de leitores e depoimentos sobre experiências espirituais, mediúnicas e morais. Esses relatos servem para ilustrar como os princípios espíritas impactam a vida das pessoas e fortalecem sua fé na justiça divina.


Conclusões Gerais da Revista Espírita – 1858

Contribuições Filosóficas

O volume apresenta o Espiritismo como uma doutrina que responde às questões fundamentais da existência, como o destino da alma, a justiça divina e o significado da vida. Kardec demonstra como o Espiritismo é compatível com a razão e com o progresso humano.

Validação Científica

Kardec reforça o compromisso do Espiritismo com a investigação científica e a busca pela verdade, rejeitando superstições e dogmatismos.

Impacto Moral e Social

A "Revista Espírita – 1858" evidencia o potencial transformador do Espiritismo, tanto no plano individual quanto no coletivo. Seus princípios incentivam a reforma íntima, a solidariedade e a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa.

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